Os dias têm sido estranhos desde que deixei meu conforto,
meu lar, e tudo que antes eu julgava conhecer. Seis meses de confusão interna,
e mais seis meses tentando entender o que eu estava procurando no exterior da
vida. Digo isso, pois, acredito que vivemos apenas dentro de nós, e tudo que há
lá fora, para além de nossa epiderme, não passa de outro ambiente onde outras
pessoas, que também vivem em si, convivem umas com as outras. Sendo assim,
nessa dicotomia mirabolante dos meus sentimentos, sinto-me a deriva, nas
ondulações da maré da cidade grande. Perdido nesse cardume de sensações. Me
encontro aqui, nestas palavras, ao escrever. Uma tentativa vã de organizar as
ideias. Tanta coisa acontecendo, e ao mesmo tempo nada.
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