sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Z e S

Tem gente que prozeia com Z e gente que proseia com S,
os que prozeiam com Z não sabem prosear sobre gramática, e os que proseiam com S não sabem prosear sobre imaginação. 
Mas eu não tenho frescura, com ambos eu converso com prazer, ou prazer com Z ou pra ser com S. 

Átomos perdidos.

Quando um casal da certo,quando alguém encontra o seu parceiro eterno, acho que é quando encontramos aquele átomo que estava preso ao nosso lado na época em que todos os átomos formavam uma coisa só, e quando nos se desprenderam, acabaram se perdendo. Deve ser isso, o amor verdadeiro é um achado, um achado no meio de bilhões de átomos perdidos.   

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Um vagalume no meu quarto.

 Certa noite, recluso em meu quarto, sentindo-me frustrado pelos dias a fio que se seguiram sem que eu tenha tido um pingo de aproveitamento útil desta minha vida monótona, recostava-me em um amontoado de travesseiros que ajustei para que agradasse a minha coluna. Ouvindo cá dentro um silêncio estressante, e as vezes lapsos de panelas sendo reviradas e portas batendo na cozinha, sabendo que a vida se seguia no exterior de meu quarto pelos ocupantes desta casa, decidi fazer algo importante. Peguei o meu caderno do qual costumo escrever os esboços de minhas artes textuais, a fim de escrever uma história interessante e reflexiva sobre alguma coisa. 
  Pensei comigo sobre a teoria das coisas. Sempre me disseram que a palavra "coisa" era muito vaga para se definir algo, porém acredito que ela possa ter um significado a partir do momento que se vai moldando-a ao que se quer referir como coisa, para isso basta conduzir seu receptor ao que se quer que ele associe como coisa. Esqueçamos esta teoria por hora. 
 Voltando aos pensamentos subterfúgios que me arrancam desta monotonia, decidi escrever uma história sobre um vagalume que entra de repente no quarto de um escritor, interrompendo o artista de concluir sua obra. O escritor, notando a presença do vagalume, a principio não se incomodou, até que o vagalume começou a passar rente aos seus olhos, distraindo-o e fazendo-lhe errar as palavasr.  
 Depois de duas ou três vezes sentindo-se ataprhlado... O escritor em um súbito ataque de fúria, comete o delito de matar o pobre vagalume travesso, que ziguezagueou até o chão. Triste com a situação, o escritor decidiu então relatar em sua escrita os seus pêsames e o quão arrependido fico por ter matado àquela pequena coisa. 
 Escreveu como primeira pessoa, mudando um pouco alguns fatos. Começou dizendo que se recolhera em seu quarto, alegando tristeza por não ter aproveitado os últimos dias que se passaram até aquele momento exato. Escreveu em seu relato como se quisesse contar uma história sobre um escritor frustrado, que por ter sido atrapalhado por um vagalume que adentrara em seu quarto, resolveu por imprudência assassina-lo. E por fim escreveu na ultima estrofe a tal teoria da coisa, explicando todos os fatos, igualmente do mesmo modo que aqui agora eu faço. 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Relatos de hoje

Hoje tive a súbita vontade de escrever uma poesia, uma filosofia qualquer apenas para saciar a minha sede de mero aspirante a escrita. Mas agora que escrevo este relato acabei de perder a vontade de escrever uma poesia.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Sonambolismo

Mas tudo bem, hoje eu acordei com o pé direito, por que o esquerdo não dormiu comigo. 

Havida

Agora entendo os drogados
e por que se drogam,
Agora entendo renato,
e por que parece cocaína
mas sei que é só tristeza

Não enxergo com clareza,
A alegria agora esta presa,
não me deixa, apenas deixa.

Não é uma questão de frases
de alto confiança, 
nem fiança vai libertar 
a alegria presa em mim,
nem si o dó faz sol lá.

Agora entendo os entediados,
os alcoólicos, os amedrontados,
Agora entendo tudo que a alegria escondia.

Ha vida em mim?
Havia em mim?
Ha vida? -Havia.

Deslaço

Creio que sou descrente,
quem se cala não consente,
apenas é consciente,
pois silenciosa a mente,
não mente, nem desmente.

Andei pensando,
sentido remorso por não ter sido grosso;
por não ter dito, o todo escrito,
nos roteiros prontos
que faço durante o banho.

Ganhei ontem uma critica linda sobre a minha vida,
sobre a minha tida contida entre linhas,
das verdades não vistas
mesmo que seja do seu ponto de vista,
diga que é minha.

Dizem: Que um relógio parado acerta duas vezes ao dia as horas,
Oras! quem ora agora? Quem crê no credo?
Certo, decerto estas correto, ou incorreto?
Não quero, não posso estar certo,
acerto.

Eu tenho paciência, mas não sou paciente,
talvez já tenha frequentado algumas clinicas;
clinicamente cético! -Já me foi decretado.
Nem contive o pontífice por um ponto ou mais, não sou capaz
rapaz, de crer no papo, no papa, na prata.

Nunca fui espaçoso, mas vivo num espaço;
grande espasmo, faço e desfaço este laço. 
Caso um dia eu esteja casado, me calo, 
e tudo que eu disse agora, desfalo. 


quinta-feira, 13 de junho de 2013

O que faz o escritor?

O que faz o escritor?
As palavras? As estrofes?
O que faz o escritor?
Os sentidos? Os significados?
O que faz o escritor? 
A caneca de café? A caneta falha?
O que faz o escritor?
A melancolia? O amor?
Tudo isso faz um escritor, mas principalmente o leitor,
o leitor é quem faz o escritor. 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

A chuva lá fora

Gotas de chuva escorrem pela janela
contemplo o mal tempo pensando nela.
sinto as gotas da saudade escorrerem pelo o meu rosto
sinto o frio gélido do sul estremecer o meu corpo
As gostas da chuva escorrem pela janela
o cheiro de terra molhada me remetem lembranças dela
lembranças que fazem chover aqui dentro agora
enquanto contemplo da janela
as minhas lagrimas chovendo lá fora.

domingo, 14 de abril de 2013

Eterno Clichê

Se você quiser poderemos passar as manhãs juntinhos, 
sairemos para lanchar em um parquinho; 
contemplaremos os cantos líricos dos passarinhos;
depois almoçaremos em um lugarzinho tranquilo; 
descansaremos vendo o pôr do sol 
e escutaremos chili Peppers como se fosse uma tarde de domingo. 
Ao anoitecer ficaríamos abraçadinhos 
comendo pipoca e chocolate, 
assistindo a um filme B. 
Se você aceitar, juntos tudo isso poderemos fazer.
Aceite, e diga apenas que a minha namorada você quer ser. 
E então este será o nosso eterno clichê. 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O diálogo entre o Sal e o Açúcar.


O diálogo entre o Sal e o Açúcar.

 O que o sal diria se um dia viesse a se esbarrar com o açúcar? Ou o que o açúcar falaria se caso se encontrasse com o sal? Era o que o sal e o açúcar pensavam. Eles passavam dias e dias se olhando através dos vidros dos seus frascos. Ficavam pensando como cada um deveria ser e como poderiam ser o que são. Por que o sal é salgado? Por que o açúcar é doce? Essas eram curiosidades que poderiam ser respondidas se um pudesse falar com o outro.
 Então, certo dia alguém deixou cair o saleiro e sucessivamente o açucareiro. A tampa dos dois recipientes se abriram e o sal e o açúcar puderam enfim se encontrar.Foi um momento chocante para os dois, pois, apesar de almejarem muito este dia, não lhes convinha a tal realidade. E lá estavam os dois, esparramados no chão da cozinha, um fitando o outro, sem pronunciarem nada. Depois de certo tempo, o sal pôs-se a falar:
 - Saia de cima de mim, açúcar. Desse jeito não poderão mais me recolher.
 - Talvez você pudesse se desmisturar também. Já que, uma parte de mim esta em cima de você e uma parte sua esta em cima de mim.
 - Não consigo. 
 - Pois então ficaremos misturados assim mesmo e quem vier nos salvar terá uma certa dificuldade para nos tirar daqui, embora eu seja mais denso e mais branco que você.
 - Como assim? -Perguntou o sal.
 - Digo que, sou mais claro e posso ser removido facilmente.
 - Isso não quer dizer que a pessoa irá lhe tirar primeiro.
 - Claro que sim, sou mais gostoso também. Todos me preferem, salvariam muito antes à mim do que você. -Disse o açúcar convicto.
 - Isto é uma injúria, pois saiba que eu componho a maioria dos alimentos que eles consomem. 
 - Isso não é nada, vendo que, eles gostam sempre mais de algo adocicado. 
 - Pensei que você fosse mais modesto do que isso. Sabia que você causa doenças a eles? -Disse o sal ofendido.
 - E você também. 
 - Mas eu posso ser usado em diversos casos como cura, já você não.
 - E como sabe que não? -Perguntou o açúcar intrigado.
 - Você causa cáries,apendicite e diversos tipos de câncer.  Já eu, posso ser usado como soro fisiológico e ajudar a combater a pressão baixa. 
 - Não seja tolo. Você causa pressão alta, hipertensão, catarata e até osteoporose. Já eu, posso auxiliar no combate a bactérias no organismo e controlar a taxa de glicose. - Retrucou o açúcar.
 - Você causa muitos malefícios. -Disse o sal severamente.
 - E você se acha o rei da benevolência. -Retrucou o açúcar injuriado.
 - Em pensar que eu queria dialogar com você. -Falou o sal.
 - Em pensar que eu poderia estabelecer um diálogo saudável com você. - Disse o açúcar.
 Assim, os dois voltaram a ficar em silêncio, e pensando como seria bom se não tivessem se conhecido. Por fim, os dois foram varridos e jogados no lixo. 

sexta-feira, 5 de abril de 2013

O que há depois do fim das histórias?


O que há depois do Fim da história?



 João sempre foi um menino inteligente, desde pequeno sempre quis saber o porquê das coisas, e ficava contente com uma simples resposta. Um dia, sua mãe leu para ele a história de Robin Hood e ao terminar João ficara intrigado.

- O que há depois do fim da história, mamãe? –Perguntou ele.

 Sua mãe não soube responder. Com o passar do tempo, ele começava a perguntar a mesma coisa no final das historinhas. Quando João aprendeu a ler, ele logo pôs-se a ler todos os livros possíveis afim de saber o que havia depois do Fim. Perguntava várias vezes para seus pais, avôs e tios. Sempre se intrigava com aqueles felizes para sempre dos contos de fadas.

- Felizes para sempre? Como assim alguém pode ser feliz para sempre? E quando eles se machucarem, não vão chorar? E se alguém os decepcionar? Não existe nada que estrague essa felicidade? Mesmo nos dias de chuva? Por que acabam assim as histórias? Por que não há nada depois do Fim?

 Todas essas suas perguntas lhe custavam caro, pois, já na adolescência ele vivia sendo expulso de sala de aula por sempre indagar para a sua professora de literatura, após o final de uma leitura, o que havia depois do fim das histórias.

 Frequentou diversas bibliotecas, leu dos mais variados livros, procurou nos mais diversos poemas, mas nenhum livro lhe explicava, nenhum poeta conseguia decifrar, pois até os poemas tinham fim. Mas o que lhe preocupava era o Fim das histórias.

 Fez faculdade de História para assim poder descobrir a resposta desta incrível incógnita. A história sempre lhe ensinou que tudo tem um começo, mas nunca um fim. Porém está e a ciência da história, e não as histórias em si. Ele queria saber o fim das histórias literárias. Ele imaginava que algum autor poderia um dia escrever uma história sem fim. História sem fim! Era o nome de um filme que havia estreado na época em que ele estava na faculdade, porém até este filme tinha fim. Procurou dentre os livros espíritas a resposta para essa sua pergunta, diziam que havia muita coisa após o fim, mas aquele era o fim da vida, e não era esse fim que ele queria saber.

 João indagou sobre o fim das histórias até se casar, após o casamento ele havia se esquecido completamente sobre esta inquieta interrogação que sempre lhe afligia. Passaram-se anos, décadas, até que ele teve um neto.
Um dia, João estava lendo Robin Hood para o seu neto, e curiosamente, após o término da história, o garotinho perguntou:

- Vovô, o que há depois do fim das histórias?

E então, o velho João se lembrou de que ele também, há anos, fazia esta mesma pergunta, mas ele que sempre perguntou, infelizmente não soube responder.

Fim...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Miniconto- Triste fim.

Vivia na rua, e estava faminto.
Quando avistou comida, correu, queria rouba-la.
Um tiro certeiro acertou-o.
Mal sabia o que o tinha arrebatado.
Triste fim para um rato.

Miniconto- Cão de rua.

Estava esperando sua namorada na calçada, quando um cão se aproximou.
Era um animal lindo apesar de ser de rua, acariciou-o por longos minutos,
parecia que seria seu dono, o tratou muito bem.
Deu-lhe até nome, 
até que sua namorada chegou, chamou-o e ele foi embora,
lamentou o cão:
- Pena, poderia ter sido meu dono.

Miniconto- Amor passageiro.

Entrou no trem e sentou-se de frente a ela.
Observou-a por algum tempo, 
imaginou ter ido dizer um oi, perguntar o nome do livro que estava lendo
e talvez adiciona-la em seu perfil na rede. 
Poderiam então se conhecerem melhor, sair mais vezes juntos e então namorariam,
casariam, teriam filhos e netos.
O metro parou e era sua estação, 
então ele saiu e pensou que seria mais um amor passageiro.
Uma historia que não foi. 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Ano novo, poemas novos.

 Senti saudades de escrever aqui, talvez porque só aqui consigo me expressar melhor, não confio nos meus amigos para falar meus sentimentos, isso me deixa vulnerável  vai que um dia eu os magoe, então eles saberão como me magoar também. Meio egoísta não é? Mesmo assim prefiro escrever. 
 Estou quase terminando o que é de fato meu primeiro livro... Não saiu como eu esperava, a ordem era outra, mas agora vai ser o meu primeiro, caso eu fracasse terei mais 2, se caso eu fracassar também ainda tenho umas 15 ideias para aplicar. Tenho medo de acabar como um escritor daqui da cidade que tem cerca de 50 livros publicados (infantis) não sei se ele possui algum que não seja do gênero  mas ele nem ganhou gratificação dos velhos da academia de letras e talz. Sou ambicioso quero minha medalha Machado de Assis  kkk, se bem que eu cometo erros de português gravíssimos, sorte que existe corretor automático. 
 Mas tenho medo de não ser reconhecido, oras, sou leonino, de alguma forma tenho que aparecer. Mudando de assunto, só queria dizer que é um prazer estar aqui de volta, seja lá quem for que estiver lendo isso, peço desculpas pelo meu descomprometimento, nem sempre se tem inspiração e nem sempre vou estar triste, pensativo ou melancólico para escrever algo que vus agrade. 

Ano novo, poemas novos. 

"sou inútil, mas não por muito tempo "

Poderia te amar para sempre se eu quisesse .-.