De repente acometeu-me a epifania de que nunca havia compartilhado as gotas daquilo que sei e daquilo que gosto. Que talvez, e só talvez, dividindo minhas entranhas eu possa aliviar a mim e a outrem. E sendo assim, cumprindo ao que fui designado.
Um lugar de poesias, devaneios e epifanias de um jovem escritor. Nada além de rabiscos, textos não editados, vomitados do jeito que saíram da mente, sem edição, nu, como a nossa alma.
sábado, 25 de maio de 2024
segunda-feira, 20 de maio de 2024
O Alerta máximo!
Alguém está a sonhar os teus sonhos.
E não há nada que você possa fazer.
A não ser que você faça. Alguém ainda sim continuará a sonhar os teus sonhos.
Podes deixar para outrem, ou podes deixar para amanhã.
E mesmo assim, alguém ainda há de sonhar teus sonhos.
Alerto-te, sonhe.
Seja também o alguém de alguém, que sonha o sonho de outros.
Pois, se não fores tu, nem o outro.
Sonharás sempre que alguém está a sonhar os teus sonhos.
Relatório de bordo
Os dias têm sido estranhos desde que deixei meu conforto,
meu lar, e tudo que antes eu julgava conhecer. Seis meses de confusão interna,
e mais seis meses tentando entender o que eu estava procurando no exterior da
vida. Digo isso, pois, acredito que vivemos apenas dentro de nós, e tudo que há
lá fora, para além de nossa epiderme, não passa de outro ambiente onde outras
pessoas, que também vivem em si, convivem umas com as outras. Sendo assim,
nessa dicotomia mirabolante dos meus sentimentos, sinto-me a deriva, nas
ondulações da maré da cidade grande. Perdido nesse cardume de sensações. Me
encontro aqui, nestas palavras, ao escrever. Uma tentativa vã de organizar as
ideias. Tanta coisa acontecendo, e ao mesmo tempo nada.