Tenho flutuado entre as vias do Cosmo Velho a pensar sobre o desatino que me abateu. Sentimento de melancolia profunda, que me revela uma verdade que cabe só mente a mim. Mas, depois de tudo findado o que tenho eu a ver de forma obliquoa as dissimulações de Capitu? Do que me importa, afinal, se a prole soa como meu espelho ou reflete o outro? Além do mais, também estive por ai a andar com Escobar, afogando-me em mar aberto. Não sou eu quem penteia os vastos fios ondulados e negros da dama. Nem sou eu quem admira os detalhes do seu vestido de xita. Não compartilho do ciume do pequeno Bento e nem mais sinto a desconfiança do Casmurro. Então, para que me importar com quem se revelou primeiro? Quem cortou os fios que amarrava a todos? Devo me tornar um ranzinza para a eternidade, excluir-me da vida dos jovens ou posso apenas continuar a caminhar? Se ao vencedor as batatas, e os vermos tudo corrói, posso apenas internar minha própria loucura e como um cão sábio que guia o bebado desvairado, ei de sentar-me na calçada, rir a própria desgraça e de todos que por ventura ão de passar.