quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Um vagalume no meu quarto.

 Certa noite, recluso em meu quarto, sentindo-me frustrado pelos dias a fio que se seguiram sem que eu tenha tido um pingo de aproveitamento útil desta minha vida monótona, recostava-me em um amontoado de travesseiros que ajustei para que agradasse a minha coluna. Ouvindo cá dentro um silêncio estressante, e as vezes lapsos de panelas sendo reviradas e portas batendo na cozinha, sabendo que a vida se seguia no exterior de meu quarto pelos ocupantes desta casa, decidi fazer algo importante. Peguei o meu caderno do qual costumo escrever os esboços de minhas artes textuais, a fim de escrever uma história interessante e reflexiva sobre alguma coisa. 
  Pensei comigo sobre a teoria das coisas. Sempre me disseram que a palavra "coisa" era muito vaga para se definir algo, porém acredito que ela possa ter um significado a partir do momento que se vai moldando-a ao que se quer referir como coisa, para isso basta conduzir seu receptor ao que se quer que ele associe como coisa. Esqueçamos esta teoria por hora. 
 Voltando aos pensamentos subterfúgios que me arrancam desta monotonia, decidi escrever uma história sobre um vagalume que entra de repente no quarto de um escritor, interrompendo o artista de concluir sua obra. O escritor, notando a presença do vagalume, a principio não se incomodou, até que o vagalume começou a passar rente aos seus olhos, distraindo-o e fazendo-lhe errar as palavasr.  
 Depois de duas ou três vezes sentindo-se ataprhlado... O escritor em um súbito ataque de fúria, comete o delito de matar o pobre vagalume travesso, que ziguezagueou até o chão. Triste com a situação, o escritor decidiu então relatar em sua escrita os seus pêsames e o quão arrependido fico por ter matado àquela pequena coisa. 
 Escreveu como primeira pessoa, mudando um pouco alguns fatos. Começou dizendo que se recolhera em seu quarto, alegando tristeza por não ter aproveitado os últimos dias que se passaram até aquele momento exato. Escreveu em seu relato como se quisesse contar uma história sobre um escritor frustrado, que por ter sido atrapalhado por um vagalume que adentrara em seu quarto, resolveu por imprudência assassina-lo. E por fim escreveu na ultima estrofe a tal teoria da coisa, explicando todos os fatos, igualmente do mesmo modo que aqui agora eu faço.